Só se estraga uma casa #13
Chego a casa e tinha a minha parida o meu Querido namorado, deitado no sofá, com a cara tapada e a ouvir o relato do jogo na televisão. O homem sofre de enxaquecas tramadas então ontem até direito a enjoos tinha. A primeira coisa que lhe disse é que não ia assumir a criança, que certamente não seria minha.
Depois de todo um período de sofrido choradinho, impropérios à arbitragem e efeitos do Panadol, lá o Querido ficou novamente próprio para consumo. Deu-lhe a fome, é justo, mas eu tinha acabado de lavar a cozinha (e de fazer o meu jantar, e de por uma máquina de roupa a lavar, e...) e ele levanta-se do seu leito de sofrimento e vai à cozinha:
Q- Amooooooor
S- Sim?
Q-O chão está molhado.
S (vou ter com ele à cozinha) - Pois
Q- E agora?
S- Esperas que seque.
Q-Mas eu tenho fome!
S- Então sopra para ver se seca mais rápido.
Q- Opaaaaa! Mas eu tenho fome!
S- Então e que queres que eu faça? Perguntei-te se querias que te trouxesse comida, se querias algo, se tinhas fome e tu só respondias "bla bla bla estou tão mal!" agora esperas.
Entretanto, como eu ia passar a ferro (!!!!) já me tinha recusado a estar de castigo às camisas e a levar com ele a jogar PES ou FIFA ou o raio que ele quisesse. Nisto, o Querido sai-se com:
Q- Não posso comer, não posso jogar, vou-me suicidar!
ponto 1 - é poeta e não sabia.
ponto 2 - só lhe faltou um crânio na mão e uma gola de folhinhos
ponto 3 - avisei-o imediatamente que aquela frase ia parar ao blog
Meia hora mais tarde, a máquina acabou de levar e o Querido, já cheio de saúde, foi estender a roupa e comer meio quilo de cereais com leite gelado.
Q- Dói-me a barriga......
Ás vezes pergunto-me como chegou à idade adulta....
Sarah