29 and counting: Viva México! #1
Pois é meus amores blogosféricos, aqui a Je, a maior saloia que, ainda que já tenha palmilhado meia Europa nunca dela tinha saído, foi ao México. E foi ao México como prenda de anos do Querido! Digam lá que não tenho o namorado mai lindo e que mai gosta de mim? Também ele tinha férias e se ele não "oferecesse", a contar pelas minhas Finanças em tudo piores que as do país, íamos curtir duas semanas de Quarteira.
O que dizer destas férias? Tendo em conta que estava no México e vos fiz um post todo melicodoce cheio de coisas bonitas, podem imaginar o estado de graça em que aqui a criança se sentia e, fora as parvoíces, há muito, mas muito tempo que não me senti tão feliz.
Ora bem, vamos por partes:
A marcação da viagem
Este ano as férias só chegaram em Outubro. Nada que me desagradasse muito, mas a verdade é que eu já confundia a mão direita com a esquerda, dormia pouco e mal e fazia asneiras ridículas. E o Querido estava igual. Então lá começámos a pensar para onde poderíamos ir e ele, assim em bom, mete o México nas opções. Claro que tudo o que vinha daí para baixo foi com os ananazes e México seria!
Fomos a uma agência da Abreu (passando a publicidade, mas o meu idoso so viaja com agências em bom, com as pessoas que conhece há 234 anos) e eles deram-nos valores (simpáticos até) para uma semana. As datas? O meu aniversário claro que, de há 3 anos para cá, tem sido cada vez mais miserável. Not this time, not this time! Ainda tivémos um inconveniente com as disponibilidades do hotel que queríamos, acabando a ir para outro. O que acabou por ser a melhor decisão de sempre! Dali um mês eu ia estar de molho em água morna....
O voo
Não consigo dormir nas viagens. É impossível, o meu corpo só assume que é para dormir se estiver deitado, cabeça numa almofada, de preferência, virada para o lado esquerdo. Posso estar a morrer de sono, ter tomado dois vomidrines, estar bêbada, não durmo, então a ideia de 9h dentro de um avião soava-me a pesadelo. Não foi.
Ainda que não tenha dormido nada (muito pela hora do voo, ali a meio do dia), as primeiras 5h até passaram bem. O avião era um charter por isso não há cá espaços para perninhas nem revistas actuais e a comida era do pior que já me passou pelo estreito mas passou-se. O pior foram as últimas 4h. Foi doloroso! As pernas já só queriam estar esticadas, torbulência com fartura, crianças a chorar e fome. Até que no monitor, lá ao fundo, se vê Cancun e, caramba, estamos a chegar ao México! A companhia foi a Orbest e ainda que fosse muito Or, não era muito Best.
Safaram-se os filmes (Creed, Rio e mais outro).
Estamos no México
Saio do avião aos saltinhos, nem no Natal fico assim! O nosso voo foi o único naquela noite por isso a confusão não era muita e rapidamente estávamos nas filas para carimbar o passaporte. E eu, parolinha, de passaporte na mão e sorriso de orelha a orelha com aquele ar mesmo "ai menina carimbe lá isso que eu quero sentir água do mar quente nos pés!". Carimbos tratados, espera de 40 minutos pelas malas e saímos do aeroporto e do seu A/C.
Como é que eu vos explico isto......eram 19h45 hora local e a sensação foi a de ter um ventilador ligado no quente apontado à minha cara. Senti naquele preciso momento que estava de férias. Que estava nas caraíbas e que aquilo ia ser tudo o que nunca tive no meu país. Estavam 32º e um rapazinho suado que segurava um cartaz levou-nos ao nosso autocarro.
A viagem até ao Resort
Em Portugal já eram quase 3h da manhã por isso metade do que o guia disse eu já ouvi, apenas retive que íamos ser os últimos a sair do autocarro. Sei que ele falou dos mosquitosauros (morderam-me por cima das calças!), alertou-nos para o valor a pagar em € no fim da viagem e pediu a propina para o bagageiro. No México eles pedem propina para tudo mas como fazem a festa com 1$ até o mais sumítico dos Tios Patinhas vai semeando dólares. Connosco seguiam dois casais em lua-de-mel, um grupo de 6 amigos e amigas e um casal já entradote com a filha trintona (más línguas...). Eu já só queria chegar ao hotel e o Querido já só respondia como monossílabos.
Um corredor verde ladeava o autocarro. Lombas a cada 5 metros faziam-nos saltar nas cadeiras e de vez em quando lá se via um bicho a passar demasiado rápido para conseguirmos perceber o que era. Tinha caído uma chuvada há menos de uma hora então a terra deitava ainda fumo quente, suava. No rádio tocava uma balada mexicana, do meu sofrida que há e, umas filas atrás de nós, o grupo de 6 ria e contava piadas e ia gritando "carrega Xico!" ao nosso condutor.
Parámos na entrada do Hotel. É bonita, larga e com chão de pedra e arenito. O telhado é feito de uma teia de troncos cobertos com colmo seco e no meio há uma fonte. Está tanto calor! Está tão bom. Tiramos as malas e de seguirmos para o quarto damos as indicações ao bagageiro (que não levou propina e até hoje, nos deverá odiar). Fazemos o check-in, recebemos as indicações e vamos para o quarto.
Continua...
Sarah