Sobrevivemos!! (imaginem-me a dizer isto com os braçinhos no ar, qual maratonista vitorioso ao atravessar a meta!).
E a verdade é que me (nos) custou muito menos do que o esperado. Eu comi carne pela última vez na segunda-feira da semana passada, tal como o querido, e até ao momento não sentimos qualquer falta da mesma.
Já tivemos 2 jantares com amigos e não passámos fome (eles foram uns queridos e escolheram um restaurante com opção vegetariana) e também já fomos aos petiscos e , cada um, comeu um cesto de pão com manteiga. Como podem ver, a única coisa que não estamos é de dieta.
Também fiquei muito feliz com o destaque do Sapo (vai batráquio mai lindo!) e da recepção que a blogosfera me deu:
Surpreenderam-me pela positiva (a maioria claro) por isso posso dizer que a blogosfera está cheia de gente interessante, argumentativa e que percebia o impacto destas mudanças. Claro que tive alguns comentários mais totós mas se assim não fosse nem teria graça.
Lição da primeira semana:
-Os vegetais são uma coisa fora de série! Sempre que tenho um bocadinho procuro receitas, opções, formas de cozinhar e a verdade é que nunca tenho sentido fome.
-Não perdemos os amigos! No sábado temos um aniversário e as pessoas estão a ter o cuidado de nos fazer um "menu" especial, tendo em conta que estamos a falar de uma churrascada!
-Cada vez mais gosto de peixe. Neste momento ainda não seria capaz de desistir do peixe ou do queijo mas a verdade é que não sinto falta nenhuma de carne! O cheiro ainda mexe comigo....frango assado, carne na grelha, mas não me dá vontade de comer, apenas me cheira bem.
-O hamburguer vegetariano do macdonalds é bem bom! (já disse, continuamos a ser dois putos gordos)
-Tenho gostado ainda mais de estar com "a barriga no fogão". Descobri o "poder" dos temperos fora o sal e o alho, há todo um sem número de especiarias e ando fã do caldo de legumes granulado da knorr. Dá um sabor óptimo a tudo.
A única coisa que me sinto é mais inchada mas deve ser a barriga a estranhar tanto legume!
....quando na tua pausa vais até á zona das refeições, sem dinheiro nos bolsos e te chegas á maquina, apenas para pensar no que comprarias se tivesses moedas.
Nisto, vês que a máquina (por mão divina ou magia negra) tem um saldo de 1.50€ que te permite comprar de TUDO o que está na máquina.
Saiu um salame de chocolate e ainda fiquei com troco.
No marasmo de sábado à noite em pleno mês de agosto (!?) decidimos ver um documentário sobre a alimentação que fazemos. Procurámos, procurámos (tudo no Netflix) e como eu já tinha visto o Cowspiracy de Louie Psihoyos, decidimos experimentar o What The Heatlh, de Kip Andersen. A chamada do filme ganhou-me logo: The Heatlh film that health organizations don´t want you to see e a verdade é que, ao fim das quase 2h de filme, sentimos que nos tinham entrado em casa, pois tudo o que foi exposto em momento algum foi extremista ou anti-pessoas-que-comem-carne, apenas nos esclareceu como a "grande máquina" funciona.
Claro que não deixou de ser assustador ver o que andamos a comer, nomeadamente, o que o que andamos a comer nos faz: os antibióticos do leite, as infecções a que os animais estão sujeitos, os resíduos fecais que encontramos nas carcaças que a seguir consumimos....enfim! Assusta não é? Confesso que estivemos grande parte do documentário de boca aberta a pensar "então mas o que é que eu como!? O que é que não me mata!?" Procurando bem, é todo um novo mundo à nossa frente.
Já desde o início do ano que deixe os leite (bebo bebida de arroz) e reduzi muito o consumo de porco e vaca mas o frango mantive a todo o gás. E o peixe claro. Contudo, depois de ontem, quer eu quer o Querido decidimos:
Vamos (tentar) ser vegetarianos!
Um corte radical ia dar cocó, íamos cair em pecado ao fim de um mês, se tanto!, e acabaríamos a ser uns infelizes por isso o plano é:
-Cortar com TODA carne, enchidos e derivados incluídos;
-Cortar com o leite (o Querido) e reduzir muito no queijo (aguenta coração!)
-Aprender a cozinhar novamente todas as 154268 formas de comer legumes
-Estudar o que devemos mesmo comer para não sofrermos com a perda da vitamina B12 e Ferro (suplementação vegana existe)
-Dizer em voz alta ás nossas famílias criadas à base de leitão e churrascadas que agora queremos peixe ou hamburguers de legumes.
Entendam, isto da comida para nós não passa de uma mera necessidade fisiológica: nós amamos comer, nós rodeamos a nossa vida social em volta da comida, nós não combinamos uma leitura num jardim ou ir andar de patins, nós combinamos IR A QUALQUER LADO COMER! Isto sem qualquer fundamentalismo da nossa parte pois não pretendemos evangelizar ninguém: é uma escolha nossa, como ser do benfica ou do grande Sporting!
Contudo, depois do que eu já acreditava sobre o que é ou não saudável, depois de sentir que o meu corpo já não processa o leite normal, a carne de porco e os enchidos....isto tem tudo para ser uma mudança para melhor. Iremos manter o peixe (de mar sempre que possível e fugindo ao salmão) e os ovos e algum (pouco) queijo.
Agora deixo o apelo: vegetarianos desta blogosfera, como foi para vocês a mudança? Perderam amigos, a família deixou de vos falar, as pessoas referem-se a vocês como seres de uma seita maléfica de adoração da courgette e do tofu? Falem comigo, preciso do vosso amor verde.
Fui lá apenas uma vez, em 2015. Que cidade maravilhosa! Eu gosto de cidades cultas, com história, com alma nas pedras que pisamos e Barcelona é sem dúvida nenhuma uma dessas cidades. Além disso é também bonita, que cidade tão bonita.
A Barcelona e os seus respeito-os pela afronta ao "resto" da Espanha que sobra, pela noção própria de alma de Barcelona e do que é ser um verdadeiro barcelone. E se eu já gostava da cidade entao depois de ler a trilogia (de 4 livros) do Carloz Ruiz Zafón é-me impossível não sentir que aquilo que ontem aconteceu em Barcelona, foi quase ao pé de casa. Numa rambla onde já fui turista, numa rambla permanentemente repleta de gente, cafés, floristas, vendedores de recuerdos.
Se há um apelo que posso fazer, deixo-o em baixo:
Não alimentem a expeculação, as imagens, as fotos dos corpos e do choro desesperado de quem se viu no meio de um atentado terrosista. Não alimentem o ego dos animais que ontem mataram 13 pessoas e feriram mais uma centena de outras. Se há alguma coisa que posso pedir é para respeitarem Barcelona e o seu luto. Ela merece fazer o seu luto em paz.
Assusta-me a normalidade dos atentados, a facilidade com que se dão e a facilidade com que matam tantos.
Martha Gelhorne , "The Face of War", colecção de reportagens de guerra, 1936-1938
Não consigo gostar de cerveja. Não consigo beber uma cerveja e sentir que o meu mundo ficou um lugar melhor, quando apenas sinto que ficou um lugar mais amargo e com bolhinhas no nariz. E acreditem, se os anos de faculdade, rally tascas, Ida ás Queimas e uma constante falta de dinheiro para bebidas mais caras não me fez gostar de cerveja, então meus caros, damos este caso por perdido.
Contudo, se há coisa que gosto é de cidra. Porquê? Porque é tudo o que a cerveja não é: doce e frutada! E eis que vem uma das grandes marcas nacionais e lança uma sindra boa para xuxu:
A Bandida do Pomar, da casa mãe Sagres
Provei-a numa ida aos petiscos e porque, mais uma vez, não me apetecia cerveja e é uma delícia! Custa o mesmo que as restantes cidras "correntes" (Somersby e Strongbow) e o que me ganhou foi o sabor a fruta: sabe mesmo a maçãs!
Penso que a maioria das pessoas não a conhece e também não vejo a Sagres a apostar numa publicidade forte. Da minha parte, tomei conhecimento porque uma amiga a pediu porque no restaurante nem um cartaz ou mesmo a promoção por parte do staff me chamou a atenção para esta bebida. Bad move Sagres que a cidra é boa e merecia andar nas bocas do mundo!
Há coisas no ser humano que me fascinam, na mesma medida em que me assustam de morte, nomeadamente, a estupidez com que alguns de nós vimos dotados, coisa divina diria eu.
Há uma, entre várias, situações que me escangalha os queixos de cada vez que sei de um caso destes:
Case #1 : a traição
Marido trai mulher. Marido já levou a traição para fora das lides de alcova e de pendurezas, para a relação a dois (ou 3), com bons dias e boas noites, escapadas apenas para um café, idas à praia para ver o pôr o sol. Marido anda distante, ou ainda mais distante, não liga cavacos à digna esposa, ou aos eventuais filhos, já não se faz o amor e o tipo que a vida toda dormiu em pelota agora dorme com um pijamão que parece um babygrow para adultos.
Mulher descobre. Ameaça fazer cobras e lagartos à amante, que ela é uma "teúda e manteúda" (quem viu a Gabriela imagine esta expressao em brasileiro do nordeste) e que é uma grande vaconrra que roubou o dignissimo marido, o pai da família em tudo (NADA) feliz.
Pergunta:
Então mas se é o gajo que tem obrigações, deveres, contas a dar e se é ele que arranja uma terceira pessoa, porquê que a ira feminina se vira SEMPRE com a amante? Atenção que não ando a defender as amantes deste mundo mas caramba, sendo comigo, eram os tomatinhos dele a rolar, não as unhacas de gel da amante!
Porquê que parece ser sempre mais "fácil" dirigir a ira para uma terceira pessoa do que para aquela que falhou redondamente connosco? E porquê a cobrança, os telefonemas, as ameaças a essa terceira pessoa quando temos logo ali o tipo, a quem podemos regar com melaço e cobrir com formigas assassinas africanas!?